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setembro 2014 Arquivos

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

COMO USAR A FORÇA EMOCIONAL

setembro 04, 2014



Aprender a gerir as emoções é uma competência que em muito nos capacita. Ajuda-nos a tomar melhores decisões, a adequarmo-nos melhor às circunstâncias e a lidar de forma mais eficaz com os outros ou com situações desafiadoras. Alguns de nós somos emocionalmente mais fortes do que outros. A pessoa emocionalmente forte pode lidar eficazmente e funcionalmente melhor com desafios exigentes. Não quer dizer que não sofra, que não sinta o impacto avassalador dos acontecimentos, de todo. Claro que sente e sofre com isso, no entanto, a sua capacidade de manter o equilíbrio emocional, suportado pela sua força emocional, permite que se mantenha funcional, adaptado e adequado na sua vida.
Apesar das pressões da vida por vezes serem esmagadoras e a pessoa emocionalmente forte poder ficar abalada, por ser resistente, consegue aplicar estratégias de autoregulação que lhe permitem recuperar e seguir em frente.  A pessoa emocionalmente forte, não se poupará a esforços para encontrar soluções para as dificuldades que surjam, mantendo-se focada em recuperar o seu equilíbrio emocional.

A pessoa que não seja emocionalmente forte, numa primeira fase também irá ficar abalada, quando confrontada com as pressões e os desafios da vida, mas por não ser tão resistente, por vezes cede, perde o foco no caminho da solução ficando mais vulnerável ao aparecimento de problemas psicológicos como a depressão e ansiedade, pode ainda ceder a drogas e álcool para lidar com as situações incapacitantes, enquanto outras podem tornar-se desesperançadas e desistir.

O QUE NÃO SE USA ATROFIA

Muitas pessoas investem em livros de auto-ajuda à procura de respostas, enquanto outros procuram os serviços de um psicólogo para encontrar soluções e algumas pessoas participam em seminários de desenvolvimento pessoal. E tudo isto é uma mais valia que certamente ajudará num determinado grau. No entanto, todas estas formas de ajuda só serão potenciadas se a pessoa partir para a ação e exercitar a sua musculatura emocional. O que muitas pessoas não percebem é a regra: “o que não se usa perde-se” que se aplica ao treinamento da força física, mas também deve aplicar-se ao treinamento da força emocional.

DEFINIR OS LIMITES EMOCIONAIS

Não há uma fórmula mágica para conseguir desenvolver a força emocional, porém, vamos examinar porque é importante e as diferentes maneiras em que podemos melhorá-la. O primeiro passo para o treinamento da força emocional é definir os seus limites. Se conseguir definir os seus limites emocionais, identificando como é que quer sentir-se e o que seria necessário para sentir-se dessa forma, pode começar a ter a noção das estratégias a tomar. Por exemplo, se você quer ser tratado com respeito, você deve saber o quanto você está disposto a tolerar e aceitar determinados comportamentos dos outros. Quando os seus limites são definidos, você ensina aos outros como quer ser tratado e como devem tratá-lo. Através da definição e consciencialização dos seus limites emocionais, você estabelece uma barreira de proteção e fertiliza o terreno para a construção de força emocional.

Ao conhecer os seus limites emocionais, saberá reconhecer quando está a sair desses limites ou quando eles estão a ser ultrapassados por outros. Por exemplo, se você tem o seu conjunto de limites bem definido e estiver a lidar com uma relação doentia onde é desprezado e humilhado, um alerta soará na sua mente lembrando de seus limites e instigando à ação para criar a mudança. Como já referi, reconhecer os limites emocionais, pode ajudá-lo a tomar as medidas necessárias para se proteger. Acresce ainda a possibilidade de ir fortalecendo as suas emoções e construção de auto-respeito.

A definição dos limites emocionais, assim como a capacidade os reconhecer quando estão a ser colocados em causa ajuda-o a ficar motivado para alcançar o que você quer sentir. À medida que for percebendo as novas fronteiras a cada dia que passa, vai estabelecendo um novo conjunto de regras e objetivos para si mesmo. Essas regras e objetivos permitem que se movimente de acordo com isso, agindo e comportando-se de tal forma que nessa interação os sentimentos que você quer sentir surgirão. A musculatura emocional vai-se desenvolvendo até ao ponto em que você terá a energia necessária para lidar com os desafios que surgem na sua vida.

Dica: Determine ou perspetive o que você quer sentir, e saiba o que está disposto a aceitar. Saiba o que está disposto a fazer para começar a sentir-se emocionalmente forte. E lembre-se, defina as suas fronteiras emocionais.

LIVRE-SE DA BAGAGEM EMOCIONAL QUE O TEM TRAVADO

O treinamento de levantamento de pesos ajuda a reduzir o risco de lesões, aumenta a força muscular e permite ao corpo suportar o stress externo (forças externas).  O mesmo acontece com o treinamento da força emocional, você fica mais capacitado e melhor equipado para lidar com as crises que vão surgindo na sua vida, ficando menos vulnerável. Um passo importante para o treinamento da força emocional é desprender-se da bagagem emocional negativa, paralisante e depreciativa que você possa ter vindo a transportar ao longo do tempo.


É incrível como a bagagem emocional negativa pode permanecer por largos períodos na nossa vida. É como se nos tivéssemos acostumado e ligado tanto a esse passado que torna-se desconfortável o desapego. Você pode ter tido que suportar um trauma grave em criança ou na vida adulta, sentindo-se culpado ou com vergonha acerca de algum evento passado, ou com raiva ou ressentimento. Por exemplo, você pode ter dificuldade em perdoar a alguém pelo mal-estar que lhe infligiu e ter desenvolvido um muro emocional, impossibilitando amar de novo. O treinamento da força emocional só pode ter lugar quando você se libertar do peso desnecessário que transporta em si mesmo e permitir-se a caminhar sem amarras emocionais.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Visão Holística da Administração.

setembro 02, 2014



Vivemos num mundo de contrastes extremos. Por um lado, um progresso extraordinário, que teve como fundamento o acervo de conhecimentos gerados pela revolução científica, ocorrida nos séculos XVI e XVII, base para os imensos avanços que presenciamos diariamente em todos os ramos de actividades. Por outro lado, pobreza, miséria, fome, ignorância e destruição, sobretudo, destruição proveniente do próprio progresso que a humanidade foi capaz de produzir. Pela primeira vez, na história, estamos diante da possibilidade do suicídio colectivo, seja em decorrência de uma guerra nuclear, seja em decorrência da agressão sistemática ao meio ambiente, como vem acontecendo actualmente com a destruição da camada de ozónio da atmosfera, das chuvas ácidas e acidentes do tipo Chernobyl.



Estamos numa verdadeira encruzilhada, onde as questões que se colocam não dizem mais respeito ao progresso em si, ou seja, ao progresso pelo progresso, mas sim, ao progresso para que e, sobretudo, a como responder com propriedade às mudanças dramáticas que vem ocorrendo actualmente. Entre estas mudanças podemos mencionar:

  1. passagem do predomínio da vida rural para a vida urbana, em que o nível de emprego do sector terciário (serviços) superou o dos sectores primário (agricultura e extrativismo mineral) e secundário (indústria), acarretando, entre outras coisas, mudança da actividade física para a actividade sedentária;
  2. do isolamento para a interconexão, com a transformação do mundo em “aldeia global”, e as passagens da vida estacionária para a mobilidade e da auto-suficiência para o consumismo;
  3. aceleração da velocidade dos acontecimentos, com o nível de conhecimentos gerados sendo duplicado a cada 

4 anos. Ambiguidade, incerteza e insegurança passaram a fazer parte do nosso dia a dia.

É dentro deste contexto que o papel das organizações será fundamental. De acordo com Bertrand Russell, no mundo moderno, e mais ainda, tanto quanto se pode imaginar, no mundo de amanhã, conquistas importantes são ou serão quase que impossíveis ao indivíduo, caso ele não domine uma vasta organização.
Um estudo de Anthony Athos e Richard Pascale sobre Organizações chegou às seguintes conclusões:

  • qualquer que seja a sociedade ou cultura, a humanidade descobriu um número limitado de instrumentos para fazer funcionar as organizações;
  • empresas que apresentam bom desempenho ano após ano, não importa a nacionalidade, tendem a ter muito em comum
  • a realidade gerencial não constitui um absoluto; ao contrário, é social e culturalmente determinada. Em todas as sociedades e culturas, seres humanos que se reúnem para realizar certos actos colectivos defrontam problemas comuns ao estabelecer direcção, coordenação e motivação. A cultura influencia o modo como estes problemas são percebidos e resolvidos.
Assim, considerando-se que a percepção é a chave do comportamento, uma vez que as pessoas não se comportam de acordo com a chamada “realidade objectiva”, mas sim de acordo com a realidade percebida, ou seja, de acordo com o mapa mental que formam da realidade, a questão da cultura organizacional e dos paradigmas passa a ser um dos focos principais da administração. E, é neste aspecto, que a administração holística tem uma contribuição extremamente significativa na solução do dilema por que passa a humanidade no momento presente.Mas para que possamos entender qual o papel da administração holística, é preciso que compreendamos os dois paradigmas científicos existentes actualmente. O primeiro, é o paradigma mecanicista, que surgiu com a revolução científica. A ideia básica é a seguinte: Para que conheçamos o todo devemos conhecer as partes, ou seja, dissecá-las e, por justaposição das mesmas podemos compreender a totalidade. O grande modelo deste paradigma é o relógio, que ao tempo de Descartes era o equipamento mais sofisticado. Toda a Revolução Científica estava montada neste paradigma. Foi ele que permitiu a revolução industrial do Século XVIII e todo o progresso posterior. Bacon, Kepler, Copérnico, Galileu, Descartes e Newton foram as contribuições mais importantes na elaboração do modelo mecanicista.

O outro paradigma surgiu no início deste século, quando se buscou conhecer alguns fatos, que o paradigma mecanicista não conseguia explicar, como os relativos à electricidade e ao magnetismo. Tem por base a teoria da relatividade, a física quântica e a biogenética.
Entre as conclusões que podem ser extraídas do novo paradigma, e que estão em contradição com o paradigma mecanicista, na sua forma clássica, estão as seguintes:

  • todos os fenómenos estão inter-relacionados;
  • para se conhecer as partes é preciso conhecer o todo;
  • não há um modelo que explique todos os fenómenos;
  • o observador não é neutro. Ele influencia os fenómenos que observa;
  • visão do mundo, passa a ser orgânica, holística e ecológica;
  • o universo está em transformação e, portanto, não pode mais ser considerado como um grande relógio.
Na realidade, está mais próximo de uma grande mente.Expressões como “cada um por si”, ou “cada um que trate da sua parte que o resto se resolve”, são típicas do paradigma mecanicista. Taylor, igualmente, está ligado ao mecanicismo. Em administração, a experiência de Hawthorne, foi uma das primeiras a demonstrar as limitações do paradigma mecanicista para explicar fenómenos de natureza psicossocial.

Já expressões como as de Thomas Merton: “homem algum é uma ilha”, ou Ortega Y Gasset: “eu sou eu e as minhas circunstâncias”, tem a haver com o paradigma holístico.Em administração, o paradigma holístico, além das bases provenientes da física nuclear e da biogenética, está assentado nos seguintes fundamentos:

  • princípios éticos ligados a conservação, manutenção e qualidade de vida.
  • concepção sistémica, teoria e prática do Comportamento Organizacional e gerência participativa
  • princípio do hologramaDeste conjunto de contribuições que embasam a administração holística, alguns pontos devem ser enfatizados:

A administração holística não considera as organizações como sistemas fechados, prontos e acabados, mas como sistemas abertos e em constante transformação. Assim, uma empresa não é holística, mas está holística. Porque não está voltada para elementos isolados, mas para os relacionamentos, tem como um dos seus principais objectivos a obtenção de sinergia. De acordo com Joseph Chilton Pearce, a obtenção de sinergia deve ser considerada como o verdadeiro padrão de inteligência de uma pessoa. De acordo com o princípio do holograma, que em última instância corresponde ao dito oriental de que num grão de areia está contido todo o universo, ou seja, o todo está contido nas partes e as partes contém o todo, devemos considerar que a empresa inteligente é aquela que obtém sinergia nos seus relacionamentos internos e externos. Algumas coisas podem contribuir para isto, entre elas a estrutura celular ou em rede, a simplificação (não confundir com simplismo), e consequentemente, o não desperdício e a desintermediação, a busca da excelência e da qualidade em todos os sentidos, inclusive, ou talvez sobretudo de vida.

Uma outra virtude, extremamente necessária para se obter sinergia é a da flexibilidade pessoal e organizacional. Considera-se flexibilidade como sendo comportamento adequado a cada contexto. Devemos considerar dois tipos de flexibilidade. A estratégica e a táctica.

 Por flexibilidade estratégica entende-se a capacidade de se manter ou se mudar de objectivos. Está relacionada com a sabedoria, a capacidade de diagnosticar e de definir objectivos relevantes. Por flexibilidade táctica entende-se a capacidade de se encontrar os meios necessários para se alcançar determinado objectivo. Está relacionada com o repertório. Assim, acção e reflexão passam a ser um binómio inseparável da actividade organizacional, contrapondo-se a procedimentos mágicos ou mecanicistas.

Numa cultura holística, o clima organizacional é positivo e de apoio. Os empregados estão identificados com a organização e sua filosofia, inexistindo, assim, alienação e polarização, que são dois dos factores mais corrosivos da vida organizacional. As normas sociais existentes visam, e são percebidas como considerando, o ser humano em todos os seus níveis de necessidade.

Duas questões devem ainda ser consideradas. A primeira é a questão do tempo. Ou mais precisamente do tempo real. De acordo com estudos de George Stalk Jr., empresas que agem com maior rapidez maximizam qualidade, inovação e satisfação dos clientes. A outra questão está relacionada a predominância do sector terciário. Com isto, embora software e hardware formem um binómio inseparável, o software passa a ter prevalência sobre o hardware.

Para os desafios de um novo tempo, há necessidade de um novo paradigma. E a administração holística é a resposta deste novo paradigma