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agosto 2015 Arquivos

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Investir Para não Empobrecer Pode Ser o Passo Decisivo Para Ganhar Dinheiro

agosto 27, 2015





John Von Neumann foi um dos cientistas mais injustiçados da história da ciência. O sujeito inventou grande parte da arquitectura de computação que deu base à estrutura da informática contemporânea, deu grandes contribuições à física, à estatística e à matemática. Apesar disso, não ganhou um único prémio Nobel – provavelmente porque morreu relativamente cedo, como resultado de um câncer que provavelmente desenvolveu como resultado de sua participação no projecto Manhattan, que levou ao desenvolvimento da bomba atómica na Segunda Guerra Mundial.

Uma das grandes contribuições de Von Neumann foi a fundação de um ramo da matemática chamado teoria dos jogos. Essa disciplina estuda situações estratégicas onde agentes racionais devem tomar decisões em um contexto onde outros agentes racionais também devem tomar decisões. Como resultado da estratégia combinada dos agentes, cada um chega a um resultado. John Von Neumann estudou esses jogos e, buscando uma “solução óptima” para determinadas situações estratégicas (jogos de soma não zero), chegou à conclusão de que a melhor estratégia é aquela em que cada jogador adopta a estratégia que, dadas as estratégias adoptadas pelos demais participantes, lhe garante o melhor resultado entre os piores possíveis. Essa solução é chamada de minimax (de mínimo máximo).

Não, leitor, esse não é um post sobre matemática abstracta. É que a solução de Von Neumann também é muito útil para reflectir sobre como devemos tratar nossos investimentos. Normalmente, as pessoas pensam em escolher aqueles investimentos que podem trazer a maior rentabilidade possível.

Mas será essa uma abordagem interessante? Se levarmos a resposta de Von Neumann a sério, chegaríamos a outra conclusão. A melhor estratégia talvez não seja aquela com potencial de trazer a maior rentabilidade possível, uma vez que alcançar esse resultado só é crível se os demais agentes do mercado agirem de forma a gerar um resultado positivo para nossa carteira. É possível? Sim, é. É provável? Não. Por quê? Porque o mercado não dá a mínima para você ou para mim. O ruído da quantidade absurda de informações disponível para todos os agentes do mercado é tão alto que é muitas vezes difícil diferenciar o que é boa informação do que não é.

Por isso, ao invés de nos concentrarmos em escolher a melhor estratégia possível, talvez seja mais interessante escolher a estratégia que, em um cenário de resultados ruins, possa trazer os melhores resultados possíveis. Ou seja, ao escolher uma estratégia, o investidor deve se perguntar: “se tudo der errado, qual o resultado dessa estratégia?”. Como normalmente somos optimistas e pensamos apenas em condições ideais, acabamos nos esquecendo de que as coisas podem dar errado. Mas… imagine se você encontrar uma estratégia que pudesse dar certo mesmo em um cenário muito ruim. Seria óptimo, não?

Em boas condições, uma estratégia como essa talvez não traga uma rentabilidade excepcional, mas ao menos garante que o investidor não vai perder tudo se as coisas derem errado. E isso pode ser decisivo para fazer fortuna, já que, aos poucos, o efeito dos juros compostos se torna fundamental para a construção de património.

Como investir para não perder dinheiro?

Até aqui, tudo foi muito abstracto. Mas como é possível investir para não perder dinheiro?

O primeiro passo: não ser optimista demais. Optimismo normalmente vem acompanhado de muita autoconfiança, e esta é a primeira das causas do fracasso. Optimismo demais faz com que deixemos de avaliar bem os riscos e acabemos por expor parte substantiva do património a situações em que é mais provável perder do que ganhar dinheiro.

O segundo passo: diversificar. Tanto na mesma classe de activos quanto em classes diferentes. A renda fixa pode trazer prejuízo, seja pela volatilidade de títulos de longo prazo, seja pela baixa rentabilidade de investimentos como a poupança, que às vezes é inferior à inflaçao. As acções também enfrentam intensa volatilidade e, quem não tem estômago para ela, pode se assustar e comprar na alta e vender na baixa. Ouro cai, preço dos imóveis cai, enfim… toda classe de activos pode sofrer perdas. Ao diversificar na mesma classe de activos (por exemplo, comprando acções de diferentes empresas, ou diferentes títulos do tesouro directo), você garante protecção contra diversos factores, como prazo ou crises específicas em sectores particulares. Ao diversificar entre activos de diferentes classes, você protege seu património contra crises específicas em activos particulares.

O terceiro passo: entender como avaliar as diferentes classes de investimentos. Ao comprar activos baratos, você não garante que vai ganhar dinheiro com ele. Mas garante que as chances são mínimas de vir a perder dinheiro. Em acções, indicadores como P/L e P/VPA baixo ajudam a identificar isso. Em títulos do tesouro, momentos de alta na Selic levam o valor nominal dos títulos de longo prazo a cair abruptamente. Em imóveis, uma relação baixa entre aluguel e o preço do imóvel indica bons momentos para compra. Enfim, cada categoria de activos tem seus momentos…

O quarto passo: investir aos poucos. Aplicar todo o património de uma só vez em qualquer investimento tem riscos. Especialmente em activos voláteis. Ao invés de aplicar tudo de uma só vez em títulos de longo prazo ou em acções, o ideal é começar investindo em aplicações menos voláteis (poupança, CDB, fundos DI), o que garante protecção contra aplicações feitas em momentos muito ruins.

Algumas estratégias de como evitar empobrecer segundo o bilionário Warren Buffett!

1 – Regra número 1, nunca perca dinheiro. Regra número 2, não esqueça a regra número 1. Essa é simples, quanto mais perdemos, mais fica difícil recuperar o que foi perdido. Perdeu 50%? Precisa de 50% pra voltar ao que era antes? Não! Precisa de 100%! Portanto, não perca (muito) dinheiro! Porque chega uma hora que fica praticamente impossível recuperar tudo pra ficar no break-even

2– O mercado, como o Senhor, ajuda a quem se ajuda. Mas ao contrário do Senhor, o mercado não perdoa aqueles que não sabem o que estão fazendo. Bolsa de Valores = Selva. Você não entraria na selva sem antes procurar saber o que pode encontrar lá. Pelo menos levaria um rifle, e um mata-moscas… E, nos mercados é a mesma história. Preparação é o mínimo. É muito caro ser ignorante.


3– Você deve investir em uma empresa que até um imbecil consiga administrar, porque um dia desses, um imbecil o fará. Empresas sólidas com bons fundamentos dificilmente afundarão no caso de algum mané assumir o cargo de CEO. E, se um CEO mané for causa para preocupação, talvez a empresa não fosse tão “inafundável” assim para começo de conversa.
E eles eram assim grandões óh! Uma maravilha!

4– Existe uma grande diferença entre empresas que precisam de muito capital para crescer e aquelas que crescem com pouco ou nenhum capital. Ás vezes é necessário pouco capital para manter o status quo, vejamos a Coca-Cola por exemplo, eles gastam proporcionalmente muito menos dinheiro produzindo seus refrigerantes do que a Ford gasta produzindo carros. O refresco é sempre o mesmo, muda no máximo a embalagem, agora os carros, mudam tudo o tempo todo. E essas mudanças fazem com que seja muito mais caro manter um bom crescimento para essas empresas.


5 – Você não precisa recuperar o dinheiro da mesma forma que o perdeu. Essa vale tanto para fundamentalistas quanto para técnicos. Só porque você perdeu uma grana com um investimento ruim, não é motivo para querer recuperar o dinheiro com o mesmo investimento ou tipo de investimento. Não insista em algo que você já viu que não está funcionando. Concentre-se em procurar por oportunidades em outros lugares, e se elas não estiverem lá, espere.

6 – Procure empresas previsíveis. Warren Buffett investe em empresas que podem ser previstas sem grande chance de erro, por exemplo, será que daqui a 30 anos a Coca-Cola continuará existindo? Será que as pessoas continuarão tomando refrigerante em 2040? E lâminas de barbear? É possível que daqui a 40 anos as pessoas ainda precisem se barbear? Lógico! Portanto, a Gillete, assim como a Coca, podem ser consideradas empresas previsíveis.

7 – Com informações privilegiadas e 1 milhão de dólares, você pode ir à falência em um ano. Cliché que algumas pessoas insistem em ignorar. Não ouça conselhos de ninguém. O cara é director de não sei lá o quê? Tanto faz, ignore. Não seja uma Maria-vai-com-as-outras. Faça seus próprios estudos, tire suas próprias conclusões e viva com as consequências. É possível estar errado algumas vezes? Sim, porém o risco de perder dinheiro seguindo outras pessoas cegamente é infinitamente maior.

Com tudo isso, você pode até não ficar um muito rico – mas vai garantir que seu património não se deteriore e cresça aos poucos. E esse já é um excelente objectivo!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O Papel dos Recursos Humanos na Sustentabilidade de uma Empresa.

agosto 05, 2015




A sustentabilidade implica uma nova forma de considerar a gestão empresarial em que a internalização da preocupação com pessoas, planeta e lucro está disseminada.

Frequentemente, no âmbito de questionários relacionados com reputação e resultados, as empresas vêem o escrutínio público e a avaliação interna refletir o seu desempenho e compromisso nos domínios ambiental e social.

Tais questionários são reveladores de que o sucesso e afirmação no mercado das empresas já não dependem só de aspectos económicos.

Assim, tem-se vindo a verificar uma crescente necessidade de afirmação das empresas no domínio da sustentabilidade. Cada vez mais, no discurso e na acção empresarial este domínio constitui uma preocupação da gestão, sendo divulgados inúmeros relatórios de sustentabilidade.

O conceito de sustentabilidade, conforme inicialmente apresentado pelo World Business Council for Sustainble Development (2005), encerra em si a preocupação de "responder às necessidades das pessoas de hoje sem comprometer a capacidade das gerações futuras responderem às suas próprias necessidades" 1 . Transposta para o domínio empresarial, embora com definições diferentes, é partilhada a acepção de que a sustentabilidade da empresa é a capacidade que esta tem de prosseguir os seus objectivos, criando valor e integrando os desafios económicos, ambientais e sociais nas suas estratégias de acção.

Importa pois ter em consideração alguns dos factores diferenciadores das empresas sustentáveis. Estas são empresas que ancoram a sua acção na implementação e difusão, de forma consistente, de valores orientados para a sustentabilidade. Em síntese, promovem o alinhamento das questões da sustentabilidade na definição da estratégia empresarial, assegurando a integração dos diferentes intervenientes (stakeholders) e garantindo que a sua acção não compromete nem o negócio presente, nem as gerações futuras.

A sustentabilidade implica então uma nova forma de considerar a gestão empresarial em que a internalização da preocupação com a Tripple Bottom Line (pessoas, planeta e lucro) está disseminada por toda a organização, independentemente da função ou nível hierárquico ocupado. Tal preocupação manifesta-se em todas as decisões, independentemente do seu propósito ou alcance.

Esta nova forma de gerir pressupõe uma mudança profunda em que a Gestão de Recursos Humanos (GRH) se constitui como factor crítico. Apenas através de uma liderança forte e alinhada com os objectivos de sustentabilidade se consegue fomentar e consolidar nos trabalhadores valores consonantes com esses objectivos.

A necessidade de ouvir os nossos colaboradores. Existem muitos instrumentos que facilitam essa escuta e prometem diagnosticar o Clima Organizacional. Mas antes de começar qualquer projeto é importante uma primeira reflexão.

A empresa está disposta a ouvir? O ouvir nesse caso é mais profundo, é ouvir de verdade, com empatia. É se colocar no lugar do outro e ter disposição para a busca da solução, de forma sistematizada e ampla. Temos de enxergar todo o iceberg e não só a ponta. Se a resposta for não ou talvez, o melhor é preparar a Cultura da empresa antes de qualquer acção.

Segundo Flávio Rodrigues Costa (2012), para desenvolver a cultura da empresa voltada à Gestão do Clima organizacional, alguns itens são essenciais:

• Envolvimento de toda a instituição nas etapas;

• Que o projeto seja valorizado e desejado como ganho real;

• Alinhado à cultura (missão, visão e valores);

• Ser discutido no Planejamento Estratégico;

• Ter status de prioridade organizacional;


• Conduzido como um programa Multidisciplinar;

• Importância da consultoria (credibilidade externa e visão independente);

• Gerenciado como uma actividade meio e não como uma actividade fim.

Nesta perspectiva, e atendendo ao papel dos recursos humanos na organização, entende-se a importância destes em termos de diferenciação e vantagem competitiva. É através da preservação dos recursos, maximização da eficiência organizacional, reforço da imagem da empresa e do seu valor reputacional, aumento das competências, qualidade de vida e envolvimento dos seus trabalhadores que as organizações sustentáveis baseiam a sua acção.

Moreira (2006) 2 , sem nunca remeter para a sustentabilidade, no seu modelo de gestão estratégica de pessoas alerta para o papel da GRH na criação de condições de desenvolvimento e, simultaneamente, de diferenciação como determinantes do sucesso organizacional. Assim, o actual desafio da gestão de pessoas incide na capacidade de criar condições para o trabalhador conhecer e se apropriar do projecto organizacional, tornando sua a causa da empresa sustentável.

De acordo com o autor citado "a noção de projecto de empresa é o núcleo gerador do sistema organizacional e, consequentemente, da filosofia de Gestão de Pessoas". Com efeito, o projecto de sustentabilidade deve derivar da missão da empresa e consolidar-se através de um conjunto de acções que reforcem a apropriação e internalização pelo trabalhador.

Neste contexto, à liderança impõe-se o papel de dinamizadora e impulsionadora de um novo modo de estar e fazer negócio, norteado por uma lógica de criação de valor, preservação de recursos e desenvolvimento global, assegurando condições de desenvolvimento e coesão.

Dos trabalhadores, através de uma gestão sustentável de pessoas, espera-se uma colaboração intensiva, no sentido da mudança da forma de estar no negócio e na empresa.

À GRH impõe-se, neste contexto, uma orientação no plano individual para o desenvolvimento de competências e autonomia, e no plano colectivo para a aprendizagem organizacional, coesão e desenvolvimento.

Consideramos que é essencial que o projecto de empresa se fundamente nos princípios de sustentabilidade materializados no domínio da gestão sustentável dos recursos humanos através de um conjunto de acções visando, nomeadamente:

· Dotar o individuou de valores e competências que lhe permitam agir e transformar o projecto de trabalho (dimensão de selecção de pessoal);

· Criar condições de aposta na organização e no trabalho, independentemente da relação de vinculo (remuneração);

· Fomentar condições de autonomia, capacidade de decisão e empreendedorismo do indivíduo (avaliação);

· Garantir condições individuais e organizacionais de aprendizagem ao longo da vida e valorização de talentos (formação);

· Informar, responsabilizar e prestar contas da sua acção e dos impactos e medidas preventivas/correctivas (comunicação); e

· Fomentar a coesão e desenvolvimento através da diversidade, multiculturalismo e colaboração (gestão ética).

Sendo um desafio recente para as empresas, a sustentabilidade não se apresenta como uma opção. Contrariamente, constitui-se como um imperativo que se baseia numa mudança organizacional e cultural e obriga a uma reflexão aprofundada sobre as opções do presente e os impactos no futuro das pessoas, da organização, das comunidades e do próprio planeta.